Márcia Akemi Yamamoto Shimada / ADESC - Caucaia do Alto / Treinamento voltado aos grupos de mulheres (01/2019)1) Aprendizagem do Curso :Visitamos e participamos de workshops com senhoras de associações da JA (cooperativa) de Yokohama e de Nishiuwa/Yahatahama em Ehime e me surpreendi com o tamanho e poder destas cooperativas e a influência das mulheres nos trabalhos em campo. Os pomares de “mikan” (mixirica) de Ehime, as instalações para distribuição e de industrialização das frutas nos mostraram a constante preocupação em elevar a qualidade de seus produtos. Ainda em Ehime visitamos a Lycopinz em Yusukawa que é modelo de reativação regional com a produção de tomate e seus derivados de forma inovadora (vinagre de tomate e outros).Vimos possibilidades de novas atividades relacionadas às flores e plantas ornamentais em Tochigui (Hana Center e Ashikaga Flower Park) e Tokyo (Hibiya Kadan).Os diversos pontos de venda de produtos agrícolas em beira de estrada (Michi-no-Eki) em que os produtores locais levam diretamente seus produtos frescos garantindo a qualidade e procedência e que também agregam outros serviços como supermercado, restaurantes, lanchonetes e venda de lembrancinhas típicas da região sugerem oportunidade de aplicação de sistema similar no Brasil.Por fim, pudemos experimentar as atividades relacionadas ao turismo rural (“Farm inn Saguiyama” em Saitama e “Shinshu Seishun Mura” em Nagano), atividades estas exercidas principalmente em épocas em que não é possível nenhuma atividade agrícola como no inverno rigoroso. O interessante são as integrações de atividades como uma aula de culinária utilizando como ingredientes o que é produzido no local, ou ensinando algo que não é mais comum como o tingimento natural de tecidos como no tempo de nossos avós.
2) Aplicação do Aprendizado/Plano de Ação
Este é um grande desafio para as senhoras da ADESC e tornou-se ainda maior com a pandemia do Covid19 que anulou praticamente todas as atividades da ADESC neste ano de 2020.
As associadas da ADESC são na maioria pessoas do grupo de risco, isto é, idosas e com comorbidade e esta crise afetou drasticamente a vida de todas, tanto psicologicamente quanto financeiramente. As senhorinhas que estavam acostumadas a preparar seus quitutes, acordar cedo para levar e vender seus produtos nas feirinhas, encontrar as amigas, abraçar e conversar alegremente não têm mais como fazer isto.
Tentando amenizar esta falta, criamos grupos de “WhatsApp” para trocas de mensagens por celular e estimulamos a manutenção de um vínculo entre as associadas, seja por fotos, vídeos, trocas de receitas gostosas, etc. que encorajam o uso por aquelas que ainda não se familiarizaram com estas ferramentas. E mais recentemente, aos poucos estamos ofertando produtos por este canal para vendas que antes faziam apenas nas feirinhas. Descobrimos então a utilidade da tecnologia e o poder do “networking”. Ainda há muitos aspectos a se considerar como a logística para entregas, aspectos burocráticos de formalização, padronização de embalagens, etiquetagem, etc. mas, é um passinho para frente para quem sabe, criação de uma lojinha virtual da ADESC em breve.